Diário de Bordo

   Milton Santos, geógrafo reconhecido internacionalmente, revolucionou os estudos da geografia ao transpassar a vertente descritiva e se aprofundar nas questões que envolvem o território. Nesse sentido, as noções de desenvolvimento regional começaram a se ampliar na medida em que vários aspectos passaram a ser levados em consideração, tais como saúde, lazer, educação, segurança, entre outros. Nesse contexto, temos as universidades, instituições que, além de formar profissionais, possuem uma responsabilidade social na região na qual estão inseridas. Diante disso, podemos relacionar os conceitos sobre desenvolvimento regional e o papel da UFSB com relação ao panorama da região do Sul da Bahia.    Para Carolina Fleck, a relação da tríade ensino-pesquisa-extensão com o desenvolvimento local e regional se dá com a construção de um ciclo constante de três vetores: qualificação, dado por um ensino de qualidade; progresso, ocorrido com forte direcionamento à pesquisa; e mudança, com projetos

   Nesta aula, iniciamos com as breves apresentações e explicações do andamento dos dispositivos criados em grupos na sala. Nas imagens a seguir, você pode ver as ideias e como serão desenvolvidos em cada grupo:    Depois, avaliamos o decorrer do componente curricular Experiências do Sensível, como suas qualidades, defeitos (se é que houve algum), e melhorias a serem feitas. Para mim, o cursar desse componente com o professor Daniel Puig foi de um privilégio imenso de aproveitamento total, pois não em cada aula, mas em cada palavra, ensinamento e atividade dada por ele carregamos muito aprendizado e uma meditação, observação e reflexão nova para casa. E é inevitável, após pensar muito sobre interdisciplinaridade, nunca mais se vê algo como era antes. A pergunta "o que é conhecimento?" que deu início ao quadrimestre nos segue até o fim e corre o risco de ser infinita, pois a cada passo que damos no pensamento interdisciplinar, é o início de uma nova caminhada.

   Esse post é dedicado para o nosso trabalho final do componente curricular Universidade e Sociedade, ministrado pelo professor Rafael Noronha, no campus Jorge Amado da Universidade do Sul da Bahia. O trabalho consiste na visita dos discentes em um espaço comunitário para apresentação da UFSB, tal como seu projeto e modelo universitário com o intuito de aproximar tanto a comunidade à universidade, como os alunos para esses espaços.    Visto isso, meu grupo (Letícia, Lissa, Mariana e Thalline) selecionou uma escola pública de ensino profissionalizante, o Centro Territorial de Educação Profissional Litoral Sul II - CETEP, localizado no bairro São Caetano da cidade de Itabuna/BA. Fomos muito bem recebidas e ouvidas, o que nos ajudou a discorrer a apresentação e tornou-se descontraída ao apresentarmos, tirarmos dúvidas e esclarecermos perguntas, pois os alunos se mostravam interessados e dispostos a saber mais sobre a instituição.    Dito isto, seguem imagens sobre o nosso trabalho fi

   Na aula de hoje, vimos sobre os questionamentos e obras dos pensadores Alain Coulon e Pierre Lévy, dando continuidade aos ícones que foram eixos para a elaboração do projeto universitário de ensino da UFSB. Sobre o professor francês Coulon, aprendemos mais sobre do que se trata sua obra "O ofício de estudante" e comparamos seus princípios e considerações com o modelo de ensino da Universidade do Sul da Bahia. Para contextualizar todo esse aprendizado, iniciamos com algumas observações sobre o ensino superior e médio francês e o brasileiro, como dados percentuais de como a instituição é dividida nas formas de ingresso, bem como suas taxas de escolarização. O objetivo do livro de Alain Coulon é mostrar que para ter sucesso na instituição de ensino superior, o discente deve passar pelo ofício de estudante, marcado por transições, rupturas e mudança de tempo: decorrentes evasões; maior socialização com colegas e menor contato familiar; preparação para a vida ativa; transição v

   O início da aula se deu com as apresentações dos dispositivos para as experiências do sensível, bem como sua forma de aplicação pensados por cada discente. Os temas foram diversos: relação do corpo humano e arte, sons, história, marcas; alimento e suas finalidades; atribuição de memória afetiva com objetos; fotografias; conscientização do lixo no mundo; plantio de árvores; entre muitos outros. Como muitos temas tinham relações e ligações uns com os outros, foram separados em seis temas e em grupos para atividade ser realizada mais precisamente. Os grupos criados se juntaram para decidir como seria desenvolvido e aplicado esse dispositivo. Para nos nortear de como iniciar e desenvolver esta estrategia, o professor nos ensinou as etapas de formas de conhecimento: provocar; sistematizar; e avaliar. Essas formas tem finalidade de atrair, criar um método de aplicação e permite-nos a obter uma conclusão desse modo que foi determinado, nos possibilitando alterar e ajustar até que atinjamos

Tema: Sons (escuta)    O início da aula se deu com a retomada do que foi abrangido na aula sobre os sons, como o conceito de ecolocação e ecolocalização, o que nos levou a pensar sobre a escuta como algo ampliado, ou seja, ouvir além do som propagado. Como ouvir além do som? "Simples", observando os gestos, as expressões e semblantes, a inflexão da voz - chamada de metacomunicação,  pois o tom usado no falar, no som, produz um novo sentido de compreensão. Esse escutar o outro , é conceituado de alteridade , quando se tem a capacidade de "olhar" o outro como um semelhante.    Após essas descobertas e introdução, formaram-se grupos para a colocação em prática desses conceitos: nos grupos, cada integrante deveria contar  a história do seu ingressar na UFSB, enquanto os outros anotavam e observavam suas percepções, através da alteridade visionada em seu colega para depois, em uma roda de conversa, contar e revelar o que foi percebido uns dos outros. Durante a rod

Tema: A folha     O início da aula se deu com as apresentações sobre as funções, minerais, formas, sons e relações entre a folha com os seres humanos, animais e plantas. O primeiro grupo apresentou sobre as folhas: sua forma de alimentação, a partir da absorção de água, minerais e luz; a estrutura das plantas até chegar nas folhas; e as diversas disposições das folhas, chamadas de filotaxia. Já o outro grupo apresentou a respeito da forma da folha: sua estrutura básica; as adaptações foliares (espinhos, brácteas, gavinhas, catafilos,etc) e seus conceitos; as classificações quanto a forma; as características da vegetação regional; e a relação da folha e a arte, muito utilizada em trabalhos artísticos por sua diversidade de formatos e tamanhos. O próximo grupo apresentou sobre as diferentes funções das folhas: o seu uso para elaboração de remédios, chamado de homeopatia; sua utilização nos cultos religiosos; o valor estimado em outras culturas; são produtoras e consumidoras no n

T ema: Memór ia do Cachoeira     O professor deu início a aula nos fazendo três perguntas que deveríamos responder após assistirmos ao documentário "Memórias do Cachoeira" , que conta histórias e fatos sobre o Rio Cachoeira com foco na nossa cidade de Itabuna.    As perguntas eram: o que é um documentário; qual a estética desse documentário; e qual a relação estabelecida entre o rio e a sociedade. Com base nessas questões, perceptível ao decorrer do vídeo, assuntos como: desperdício; o rio como uma ferramenta de trabalho para pescadores, lavadeiras, areeiros, canoeiros, aguadeiros; a diferença do rio de antes e o atual; a mudança de profissão das pessoas que utilizavam o rio para seu trabalho, por conta da política de urbanização; a má distribuição de água do poder público; o privilégio das pessoas que moravam no centro da cidade perante os moradores das periferias; e a desvalorização que ocorreu para com as comunidades ribeirinhas por parte governamental.    Depoi

Tema: Os sons  Na aula de Experiências do Sensível de hoje, o tema tratado e trabalhado foram os vários sons que estão presentes ao nosso redor. O professor deu início a aula perguntando como foi a experiência da elaboração de um diário sonoro - atividade proposta anteriormente - e foram listadas as várias percepções antes ignoradas ao nosso redor, e que, com essa atividade ganharam maior visibilidade, como o descobrimento de novos sons e a  repetição de vários presentes no nosso cotidiano. Seguem imagens do meu diário sonoro descrito:                                            Após isso, aprendemos os conceitos de ecolocação e ecolocalização, que, para os biólogos, é uma hipótese de que seja uma ferramenta utilizada por aves que a partir da emissão do seu som, constroem um mapa mental da sua localização e d o que está ao seu  redor. Partindo da ecolocalização, assistimos a um vídeo no qual conta a história de um garoto que mora em Sacramento, na Califórnia,

Tema: A água     Iniciamos a aula com as apresentações dos trabalhos sobre a água em diversos aspectos, como: químicos, biológicos, históricos, geológicos, econômicos e, principalmente, culturais. Assistimos uma apresentação teatral que fez menção as lavadeiras que tinham no Rio Cachoeira; uma aula a respeito da colonização das Américas que utilizavam o Oceano Atlântico como rota, as pescas e a atual situação do oceano e quais foram as influências trazidas por essas rotas de navegação compõem a miscigenação e diversidade brasileira; como também pontos turísticos onde a água se faz protagonista por sua história e por sua turbidez e cristalinidade, embora esses pontos turísticos tenham um mau investimento e visibilidade por parte governamental.    Após isso, tivemos um debate sobre a relação da palavra sustentabilidade com o conhecimento e o antropocentrismo. O termo sustentabilidade e bem amplo, mas pode ser conceituado como um ato sustentável, como a utilização do que for ne

Tema: A terra    O professor se apresentou, apresentou o que seria trabalhado na aula e deu início as apresentações referente a atividade proposta, na qual cada estudante deveria trazer para a sala um punhado de terra que lhe fosse particularmente importante por algum caso e escrevesse um texto a respeito dessa terra. As apresentações foram diversas, cada uma com sua singularidade, que arremeteu histórias de apego emocional, valores familiares, construção da identidade pessoal e geográfica, contendo uma diversidade não só de contos mas de localidades e terras. Texto sobre meu punhado de terra.    Após isso, fizemos classificações a partir da cor, textura e propriedades dos punhados recolhidos, o que serviu de introdução para as observações feitas posteriormente de povos de diferentes regiões e raças, os quais a partir das cores das terras, produzem arte de diversos modos: pinturas, quadros e exposições de variados sedimentos.     A partir dessa percepção, é possível absorve

  "Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública."  -Anísio Teixeira   Fonte: Nova Escola    Iniciamos a aula com uma roda de conversa sobre a leitura do livro "Uma perspectiva da educação superior no Brasil", de Anísio Teixeira , e o documentário  "Educadores Brasileiros: Anísio Teixeira - Educação não é Privilégio" , nos quais contam a história do mesmo. Foram destacadas situações, como: a criação de Anísio; as influências tanto familiares quanto de pessoas externas; seus questionamentos; seu modelo de ensino; as perseguições sofridas frente as épocas históricas; e, acima de tudo, seu modo de ver o presente e pensar no futuro. Detalhando cada uma das situações citadas, iniciamos com a criação de Anísio Teixeira, a qual foi baseada no ensino católico jesuíta, o que influenciou no seu querer de ingressar na Companhia de Jesus, que foi revogada por su

  Paulo Freire    Baseando-se no projeto da universidade, iremos conhecer mais a fundo pensadores que tiveram participação na construção do modelo universitário da UFSB, bem como suas obras, seus questionamentos, modelos de ensino e influências que exerceram durante seus anos de vida e trabalho. Nesta aula, iniciamos assistindo ao  "Documentário Paulo Freire contemporâneo" , o qual exibe diversos depoimentos de pessoas que, de algum modo, o ensino freiriano esteve ou está presente em suas vidas. No vídeo, aparecem várias práticas pedagógicas desse modelo que ensinaram pessoas que ficam à "margem" da sociedade (catadores de materiais recicláveis, pescadores, domésticas, crianças que trabalham e moram em roças, etc), levando a eles a alfabetização e o ensino de forma que não sejam ignorados seus modos e bagagens de vida, inserindo assim, esses aprendizados na forma de ensino. Neste documentário, também é exibido alguns dos âmbitos e centros de estudos em que o

   Iniciamos a aula com a dinâmica do "Tribunal da Universidade: what's up? ", no qual cada grupo apresentou as características, vantagens e desvantagens de cada modelo universitário. O grupo dos precursores (século IV a.C. até o século VII d.C.) iniciaram sua apresentação com: a conceituação de universidade; os filósofos que contribuíram para o aparecimento, criação e desenvolvimento dessas instituições, como Platão, Aristóteles, Tales de Mileto, Hipócrates, entre outros; e a apresentação do vídeo  "Diálogo Sem Fronteiras - O papel da universidade no desenvolvimento local" , o qual trata de uma discussão da atual situação das instituições de ensino superior e suas obrigatoriedades perante a sociedade. O grupo do modelo escolástico (século VIII a XIV d.C.) iniciou sua apresentação com a contextualização da época, no século VIII ao século XIV d.C.; a predominância da Igreja Apostólica Romana; a evolução ocorrida, pela harmonia entre a fé e a razão; os modos de en

   O início da aula se deu com a apresentação do livro "A quarta missão da Universidade", de Naomar Almeida e Fernando Santos, que trata da internalização universitária na sociedade do conhecimento. A apresentação desse livro é importante porque é a partir de sua leitura que vamos participar de uma dinâmica na próxima aula, chamada "Tribunal da Universidade: what's up ?", na qual estaremos divididos em oito grupos, como: precursores; escolástica; clássica (medieval); vocacional; de pesquisa; social; júri e imprensa; sendo os seis primeiros, "modelos" universitários, que foram apresentados na aula de Finalidade e Função, com a palestra sobre a História da Universidade - Mapa do Tempo, do professor Naomar Almeida. Nesta dinâmica, serão discutidas as características de cada "modelo", sua estrutura e organização e adequação ao contexto histórico, enquanto o júri está encarregado de arbitrar a discussão, anotar pontos relevantes de cada "

          Universidade: finalidade e função (2)     Nesta aula, iniciamos assistindo um vídeo do I Fórum Social da UFSB em Porto Seguro, em 2015, que teve por objetivo aproximar todos os grupos sociais da Universidade, os quais listaram os principais problemas que os afastam do seu ingresso na educação. Após este vídeo, vimos mais sobre o modelo da UFSB, como os problemas com a expansão das universidades no interior, o regime de ciclos que diferem das instituições tradicionais, as variadas Universidades Federais que adotaram esse regime com a interdisciplinaridade, e interpretamos os fluxogramas que explicam mais sobre o currículo modular e a formação de professores.     Depois, assistimos a um vídeo do ex-reitor da UFSB, Naomar de Almeida Filho, em uma palestra sobre a História da Universidade e a partir de quais ideologias e pensadores o conceito de universidade com os regimes de ciclos e linear de formação se originaram. Nesta palestra, ele contextualiza a criação de Aristótele

      Universidade: finalidade e função     A aula se iniciou com a leitura de um escrito feito por Renato Jasmine Ribeiro, no qual há uma comparação das formas de aprendizado de antigamente e atualmente, comentando a respeito dos novos modos de se aprender. Nesta linha de pensamento, podemos chegar as Universidades que são vistas com expectativas e pré-conceitos da parte do cidadão que vai ingressar, e do que nunca ingressou em uma instituição de ensino superior. A partir disso, vimos algumas falas preconceituosas que são muito utilizadas sobre uma universidade, advinda de um pensamento antigo porém, infelizmente, muito atual. Vimos também, dados sobre o ingresso e a evasão de estudantes no ensino superior brasileiro em instituições públicas e privadas a partir da interpretação de gráficos e estatísticas. É perceptível o prevalecer das instituições de ensino privativo tanto na matrícula quanto na evasão de discentes por conta da facilidade e disponibilidade que oferecem.     Apre